16 de ago. de 2010

Era pra ser uma frase de status...

Eu hoje andei no sol; espalhei cartazes com meu nome; dei movimentos de presente; pensei nos terremotos; não dei telefonemas; uma agonia boa; uma coisa tanta; um "será que rola?"; uma saudade dos olhos; o efeito "picolé no sol"; a vontade de ficar mais um instante- sem o soluço; e daí, o quê que eu digo? depois de tanto me sinto repleto. Sinto os abalos císmicos. Na superfície: calma.
Ainda tem muito baile pra tocar. E dançar? Eu acho que sou macumbeiro. Foi-se o Dia dos Pais. Do dia 20 pra frente só tem um mês. Ressonância Magnética. O Cônsul e o seu número de telefone. Facebook, Orkut, e-mails. Gatos. As Panelas e suas tampas. Preguiça das pessoas. O frio do inverno gaúcho. Meus dentes. A energia das lágrimas, dos anjos, do carnaval, dos soldados...
Minha mãe e João de Deus. O dia 08 de setembro que não chega. A rainha tem problemas com a dança. Workshop, né filho?! Dona Dulce. Lição de moral em adolescentes faz a gente se sentir muito velho. Sinto falta de sexo. E devia ter trazido mais roupas. Agora esse quadril. Renite alérgica.
Nicole me mata de dar risada. Mãe perversa e perversinha. Me demito! Os conflitos dos relacionamentos afetivos. Leia hoje em Zero Hora. A cadela se chamava Yeda. Mia Couto. Pobre, torceu o tornozelo. Ela cresceu. O tornado revirou tudo. Coreografia daqui e de lá. Ônibus. Uma barra conversada. Era aniversário dela, logo: escrevi.
Todo mundo fala muito alto. Chuva na cabeça. Enxuta. Video-Game. Ney Mato Grosso na minha cozinha falando com a mãe ao telefone. No inferno toca Axé. Feed de Notícias. Por quê os dedos murcham? Gosto de cozinhar. Cigarros industrializados. Sobreviverei. As traduções. Lá no porto é diferente.
Hermes. Os caracóis dos cabelos do bichinho. Tenho dúvidas quanto a isso. Impressão em papel offset. Os níveis de exigência. O produto. Partilhar. A casa era minha, agora é de outros. Como pode ser tão burro?! Vitimizar-se me parece ainda pior. Um dia vai ficar tudo tranqüilo. Onde eu moro também é frio. O museu que não visitei. Paula. Eles estão quase morrendo. Se ela é louca de atar e eu sei disso, vou mesmo assim?!
Ele não teoriza, experimenta e fala sobre. Quanto custa pra ser bom?! Colecionar coisas. As meias estão furando. Iluminação Cênica. Mas quanto é mesmo que você me ama? Os Policiais Militares de Porto Alegre. Cada dia durmo mais tarde. Educação Física. Amargo. Lavo a louça e faço a janta. Embasado na obra dos autores. Adidas. Não esquece de me chamar amanhã. Ela finge que está tudo bem. Pai de quem? Não quero mais ser gripado. Tristeza não tem fim...
Ela se arrebenta de trabalhar. Meus avós parecem de brinquedo. Vamo, vamo Inteeer! Escrever coisas desse tipo. Supervalorizar a experiência. Limpar o bumbum de pé. As escandinavas de lá me fazem falta aqui. Me sinto meio alienígena. Não se pode mudar as litras do tigre de lugar. Cinderela. Vender a imagem do corpo. A mão do carrasco. Quando eu tinha 7 anos era bem diferente. O céu aqui tem tanta estrela. Minha irmã me ensina sobre a vida em sociedade.
Filhos? Entradas triunfais. Castelos ao redor. Era alto, ele caiu e quebrou o pescoço. Raio Laser. Chimarrão. Pesquisa coreográfica. O mapa da contravenção. Esmalte de unha, acetona e palito. Orixás e tudo mais. A televisão brasileira aos Domingos. Saber a hora de falar. Crises. Quando é mesmo que vai acontecer o que esperamos que aconteça? Era colorido e foi ficando assim, meio bege. Me assusto com tanta gente e carros. Cara, coração e outras coisas pra fazer a gente de idiota. Eu dou aulas de dança contemporânea. O raio caiu bem ali.
Eu não quero pensar no que vai acontecer quando eu colocar a minha existência perto da sua outra vez. Já é o sexto inverno consecutivo em 3 anos. O baile do ano passado. Era a mesma resposta. Silvana de Oliveira Jung. Percebem a diferença entre uma coisa e a outra? Cuidado com as suas mãos. O livro faz o meu humor mudar. E quando cai no chão eles sopram a poeira e colocam de volta na boca dos bebês. Era um dia de luz amarelada de final de começo, quando tudo já está prestes a mudar. E parecia que naquele dia houveram duas tardes. Ele desceu da aeronave procurando o terminal dos trens ainda meio sonolento. No caminho se deu conta de que ali ainda era de manhã. Olhava ao redor e não conseguia ler nada. Ouvia tudo, mas não entendia nenhuma palavra do que se dizia por ali. O oceano comera o seu dicionário por vontade dele próprio, que se aventurava naquelas terras onde seria outra vez criança. As lógicas ficaram no cais do Porto e tudo que vivera até ali teria de ser reinventado, como uma adaptação de livro para filme onde as imagens tem outra essência...

Um comentário:

Tania Velázquez disse...

lendo o seu texto, lembrei dos meus anos de psicanálise...
A minha psi mandava que eu formasse essas frases quase desconexas, sem pensar.
Depois a gente analisava e geralmente eu desenhava muito...
Ela ficou com alguns desenhos da minha época de entrar de cabeça no baú das lembranças.
Eu olhava pra ela e pensava: "será que ela um dia vai ficar rica, quando eu for famosa"? hahaha!