27 de abr. de 2008

Eu não faço a menor idéia de como vai ser amanhã. “Responda quem puder”. Só sei dizer que meu coração tá apertado. Justamente por não saber. Digamos q você me chegue com novas idéias e com uma atitude completamente diferente da de ontem; o que é que eu faço com o que ficou dentro da caixa onde eu guardo tudo que tenho pra te dar?
O que me inquieta é o corpo. Ele sabe todas as coisas e ele sente todas as faltas. Ele guarda todas as memórias e esconde todos os segredos. Ele sente o teu cheiro nas coisas mais improváveis. Enxerga teu olho vivo nos tijolos dos muros, nas nuvens de chuva e na mais seca das flores, que dirá nas coisas que realmente reportam à tua presença.

“Não serve pra nada, a escada o elevador /
Já não serve pra nada a janela, a cortina amarela /
Perdi meu amor...”

E por que diabos eu me joguei nisso?!
Por acaso já não era sabido que o resultado seria esse?
Era. O pior é que era.
Já não adianta mais pensar que se pode consertar qualquer coisa. E também não resolve muito pensar que elas se estragaram, por que nem mesmo a certeza de que elas se estragaram eu tenho.
A dúvida que se converte em medo é o pior dos medos.

Quisera eu saber o que se passa do lado daí.
E não mais andar por dentro dessa casa balançando a cauda. Procurando escolhas pra fazer e ordens para dar. Queria só saber se tudo volta ao normal quando se acabar a espera. Já que a espera por si só é irremediável, que seja. Mas que no fim ela te traga são e salvo. Do jeito que eu te vi ontem.

“Entre por essa porta agora /
E diga que me adora /
Você tem meia hora /
Pra mudar a minha vida /
Vem, vambora! /
QUE O QUE VOCÊ DEMORA /
É O QUE O TEMPO LEVA /
Ainda tem o seu perfume pela casa /
Ainda tem você na sala /
Por que o meu coração dispara /
Quando tem o seu cheiro /
Dentro de um livro /
Dentro da noite veloz...”

E quando penso que tu pode chegar indiferente, com tudo em outro lugar, eu fico triste. Simplesmente por que eu estou te esperando. E te esperar sem saber se ainda existe algum motivo pra que tu volte dói bastante. Faz com que eu prefira não estar te esperando nem te querendo como eu quero.

“ Ah se tu soubesse como eu sou tão carinhoso e muito muito que te quero /
E como é sincero o meu amor eu sei que tu não fugirias mais de mim /
Vem! Vem! Vem! VEM!”

Como já disse em outro texto:

“... sou romântico, histérico e ciumento.
antipático a primeira vista.
as vezes insuportável.
sou prolixo.
as vezes me sinto burro.

e não sei por quê resolvi contar essas coisas...”

Nenhum comentário: